s p r i t z : p r o s e c c o + a p e r o | c a m p a r i | s e l e c t + s o d a w a t e r + o l i v e
all my trips since erasmus' year in Venice 2007|08... all about having fun, knowing different places, people; about architecture, photography, drawing, feelings, friends... everything i believe are "ora di spritz" moments!




20 May 2008

il valore e il fine del disegno


Non ci sono soggetti buoni o cattivi, ma solo pittori buoni o cattivi.
Emile Gaudissard

Per l’artista, tutto della natura è bello. Coloro che conoscono la passione per la verità, impareranno a cogliere la bellezza negli oggetti più comuni. Solo occhi non educati osservano con noia la natura, poiché non possono comprendere le verità profonde che custodisce. [...] Dovremmo essere meno selettivi e più curiosi. Dobbiamo comprendere che a un piroscafo bisogna dare un carattere con la medesima devozione con cui lo riceve una pianta di cactus, come un edificio commerciale di New York deve essere guardato con il medesimo rispetto e la stessa attenzione con cui si osserva una cattedrale. [...]
Disegnare è un modo di rappresentare. Non fa alcuna differenza si un acquerello è ermetico, impreciso o debole, dato che rivela un’intenzione, possiede un valore e più si comprende l’intenzione più se ne apprezza il valore.
Un amico, dopo aver visitato il Museo Rodin, mi ha chiesto qual è la ragione per la quale persone apparentemente sane impazziscono per i disegni di Rodin. [...] e gli spiegai che tutti i maestri, in ogni campo dell’arte, in modi propri di ciascuno, utilizzano il disegno. Il disegno di un grande scultore, grazie ai suoi occhi, prende forma definitiva nella pietra; pur impiegando pennellate o linee approssimative, egli pensa come si avesse in mano il martello e lo scalpello.
Sono grandi disegni, quelli di Rodin, poiché rendono manifeste le potenzialità nascoste dei suoi strumenti; sono le vere visioni di un uomo che crea. [...]
Non vi sono oggetti del tutto separati da quanto li circonda e, pertanto, non li si può rappresentare in modo convincente come cose in sé; anche la nostra semplice presenza fa sì che le cose appaiono diverse. La forma più semplice, anche una banale modanatura, è solo parte di un processo creativo. È la stretta relazione di quella modanatura con il resto della creazione che le dona senso, ed è questa relazione che noi dovremmo cercare.
Non ha alcun valore preoccuparsi della perfetta imitazione. Se questo è lo scopo, le fotografie sono lì per servirti. Se l’intenzione è creare, improvvisare, non si dovrebbe imitare. Se disegnando si è troppo preoccupati dei modi in cui altri l’avrebbero fatto, o di quello che il professor Blank potrebbe dire, il disegno perderà il suo valore e verrà meno ai suoi intenti; diventerà semplicemente un altro schizzo. [...] La capacità di vedere discende dall’analisi continua esercitata su ciò che osserviamo e dal modo in cui a essa reagiamo. Più si osserva, più si vedrà.
[...] Da ogni schizzo, tento di trarre una composizione e ciascun disegno ha per me il medesimo valore di un problema progettuale risolto. [...] Nel prendere appunti non è affatto necessario seguire le regole della prospettiva; non è forse vero che i pittori cinesi, che meglio di ogni altro sono riusciti a rappresentare lo spazio, ignoravano quasi del tutto i modi in cui noi ci avvaliamo della prospettiva?
[...] Non capisco come sia possibile disegnare nello stile di Ernst Born oppure con la futilità di Chamberlain. Se questo è il modo in cui i capolavori europei vengono archiviati, allora arrivo a preferire, seppur di poco, quelli che liberano le loro teste dallo spirito e dalla grazia di Reims e ti mostrano uno schizzetto di un qualche arco rampante per dirti che hanno capito.”




Louis I. Kahn, The Value and the Aim in Sketching (“T-Square Club Journal”, vol.I, n.6, maggio 1931); in BONAITI, Maria, Architettura è. Louis I. Kahn, gli scritti, Architetti e architetture |5; Electa, 2005



Partenone, Atene, 1951
Acropoli di Atene, gennaio 1951
Duomo di Assisi, Italia, 1929

Kahn, disegni di viaggi; in BONAITI, Maria, Architettura è. Louis I. Kahn, gli scritti, Architetti e architetture |5; Electa, 2005





16 May 2008

Campania - Napoli, Pompei, Capri


Napoli Talvez a cidade mais estranha, mas mais fascinante onde já estive... parece que a questão do lixo não é somente uma questão de falta de espaço ou condições, mas um problema (talvez também histórico) cultural e político! a cidade constrói-se a dois níveis: a cota zero e a Nápoles subterrânea, onde se pode visitar as antigas cisternas, com os pés assentes sobre nada mais nada menos que seis metros de lixo! é verdadeiramente impressionante! foi também descoberto um teatro romano soterrado, cuja galeria era usada ingenuamente como cave por uma senhora que habitava na Nápoles cota zero, e que lhe acedia através de um enorme alçapão.

Ainda em questões históricas, Nápoles é toda ela um grande mercado de rua, onde tudo o que se pode vender e comprar, encontra-se pela rua, não diria sempre, mas maioritariamente de contrabando! atitudes básicas e pessoas que, por vezes, numa versão contemporânea fazem lembrar aquelas de Ford Coppola... e com as longas conversas e discussões políticas e socias com a malta do sul é extraordinário pensar como é ainda forte a presença da Máfia em Italia, e talvez de uma forma pior que a dos tempos d' "O Padrinho"...
Será mesmo necessário pisar-se terras napoletanas para se entender o que é, de facto, esta cidade surpreendente! carros, motos e pessoas misturam-se, ninguém pára nas passadeiras, mas também nenhum peão atravessa nela ou sequer anda pelos passeios... e não só pelo facto de serem muito interrompidos por montanhas de lixeira!!

A pizza napoletana é verdadeiramente maravilhosa!! feita em forno a lenha, com mozzarella di buffalla e pomodori freschi, a margarita original é mesmo a melhor opção! sem esquecer das maravilhosas entradas típicas!! há que ir aos restaurantes menos turísticos, as verdadeiras tascas nas ruazinhas do centro histórico, por entre os napoletanos de ponta de nariz rosada!.... onde a pizza custa simplesmente 3.5€ e é mesmo a melhor!! contornando o castello sant'Elmo, caminhando em direcção a oeste de Nápoles, parece que se entra numa nova cidade! não existe lixo, não existem pessoas estranhas, as crianças brincam normalmente nas pracetas e não se é constantemente quase atropelado!!
A presença imponente do Vesúvio é também imagem marcante da cidade!! enfim... é preciso lá ir!!!







Pompei Cidadela romana, malha regular, tipicamente orientada segundo o Cardium e o decumanus, de onde restam maravilhosas ruínas do grande teatro romano, do forum com o templo de Apolo e as termas, as espectaculares botegas e as domus romanas, entre as quais as famosas casas a pátio e lindíssimas outras com aquilo que seriam na época espelhos de água e chafarizes. Vítima do devastador Vesúvio no ano 79, na cidade permanecem também, ainda e impressionantemente, muitos frescos que iluminam os espaços internos e externos com as cores, muitas ainda estridentes! Toda esta cidade foi descoberta a partir de 1738, quando se iniciaram escavações na zona. o Vesúvio, vulcão que atinge uma altura de 1281 metros, antes da erupção de 79 encontrava-se inactivo há 1500 anos.



casas-pátio


via dell'abondanza

templo de Apolotermas

os meus dois mafiosos!!


grande anfiteatro romano
um homem petrificado pela lava do vulcão




Capri ilha de origem vulcânica, a pequena Capri suporta duas pequenas cidades, Capri e Anacapri, e uma grande vastidão de paisagem verde, salpicada por pequenos pontos brancos de muitos e diversos terraços particulares. É aqui que num dos atrevidos rochedos que naturalmente invadem o vasto mar azul, o arquitecto Adalberto Libera teve a ousadia de projectar a Villa Malaparte. A Casa foi desenhada e construída para o escritor Curzio Malaparte em 1937 e situa-se na Punta Massullo, onde se impõe ao Mar, desenha uma nova e muito particular paisagem e desperta a atençao ao olhar dos curiosos! (particularmente estudantes de arquitectura, que muito tristemente não podem entrar na casa e apenas babar-se para ela de longe!!!!)


Villa Malaparte, arqtº Adalberto Libera